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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Docente é convidado a integrar pesquisa para salvar ecossistema em Pernambuco

Prof. Décio Luis Semensatto Jr., do mestrado em Análise Geoambiental, irá fazer parte do grupo coordenado pela UFRPE. Infraestrutura de referência da UnG e currículo do docente foram decisivos para o convite
Portal UnG (24/08/2009) – Uma relíquia do ecossistema brasileiro está sob ameaça humana. Uma estrada e uma barragem em construção estão ameaçando seriamente o Manguezal de Sueste, em Fernando de Noronha, Pernambuco. Único mangue em uma ilha oceânica do Atlântico Sul, a partir da linha do Equador, e com pouco mais de um hectare, ele precisa das águas das chuvas e do contato natural com o mar para existir. Como as águas que o alimentam foram represadas, o manguezal vem desaparecendo lentamente. De acordo com especialistas, o local é um indicador de mudanças climáticas e abrigo de aves migratórias e espécies marinhas.

Para avaliar a intensidade do impacto, uma equipe de pesquisadores, coordenada pelo prof. dr Paulo Eurico Pires Ferreira Travassos, irá realizar um diagnóstico ambiental do local. Além de especialistas da Universidade de Pernambuco, da Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Instituto Bioma Brasil irá participar do estudo o docente do Programa de Mestrado em Análise Geoambiental da UnG, prof. dr. Décio Luis Semensatto Jr.

Um dos poucos especialistas em foraminíferos de manguezais – grupo de protozoários que serve como bioindicador da qualidade ambiental – do País, o professor será responsável pela análise dessa espécie de ameba. “Trata-se de uma oportunidade para analisar amostras de foraminíferos em um local ainda sem estudo desses organismos. Quero ver se as espécies que ocorrem neste manguezal são as mesmas que ocorrem nos manguezais da costa. Se isso for observado, abrirá um bom debate sobre a origem da ilha e sua colonização pelos diversos organismos”, explicou Décio.

De acordo com ele, além de seu currículo, outro fator foi fundamental para o convite: a infraestrutura do mestrado da UnG. “A execução de minha parte no projeto será realizada integralmente na Universidade. Espero contar com alunos da Instituição para apoiar a análise das amostras”, afirmou o docente, que destacou os laboratórios de Sedimentologia e de Paleobotânica/Palinologia para processamento e análise do material coletado.

O projeto receberá financiamento do CNPq e terá duração de 24 meses. A pesquisa de campo e diversos tipos de análises laboratoriais irão contribuir para a elaboração de diagnósticos. Serão feitos levantamentos sobre a qualidade da água, do solo, do clima e da fauna da região do mangue.
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