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terça-feira, 5 de junho de 2007

Em busca do desenvolvimento sustentável

Após o sucesso do Projeto Cabuçu, UnG investe forte na área ambiental. Carreiras têm mercado promissor
Plantar para colher. Na particularidade da terra, isso só é possível se as sementes forem de boa qualidade, o tempo ajudar e houver consumidores em potencial. É por isso que na plantação da UnG, a safra, especialmente na área ambiental, vai muito bem, obrigado.

Depois da implantação do Projeto Cabuçu (ver quadro), desenvolvido pelo Laboratório de Geoprocessamento da UnG em parceira com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Secretaria do Meio Ambiente e Instituto Florestal de Guarulhos, frutificaram bons resultados, tanto para o município, que está prestes a receber políticas públicas de preservação ambiental, como para a UnG, que passou a investir na abertura de novos cursos na área ambiental: na graduação, com Engenharia Ambiental; na tecnologia, com Gestão Ambiental; na pós-graduação lato sensu, com Educação Ambiental; e no mestrado, com Análise Geoambiental.

Com a missão de viabilizar o processo de desenvolvimento sustentável, ou seja, crescer sem comprometer o meio ambiente, integrando o homem com a natureza, o engenheiro ambiental tem duas grandes áreas de atuação no mercado: gestão e controle ambiental. Evitar degradação, indicar alternativas, prevenir catástrofes, minimizar riscos e recuperar danos são algumas das ações que fazem parte do cotidiano dos profissionais dessa área. A vantagem para o aluno egresso do curso de Engenharia Ambiental é que a UnG já tem um curso de pós-graduação conceituado. A formação de novos profissionais vai garantir à população mais ferramentas para conscientização, bem como o futuro das próximas gerações.

A vestibulanda da UnG, Vanessa Andréa Konig, gaúcha de Venâncio Aires, acredita que aliando sua formação e experiência como técnica em Segurança no Trabalho com a graduação em Engenharia Ambiental vai conseguir um bom emprego e realização profissional. “Escolhi a UnG baseada em pesquisa de internet. Descobri que a Universidade tem tradição na área ambiental”, enfatiza.

O professor da UnG Ricardo Seabra, engenheiro químico pós-graduado em Engenharia de Controle Ambiental, diz que como esse é um ramo transversal, profissionais que tenham uma formação específica inicial (geógrafo, engenheiro, arquiteto) e depois partam para a especialização em gestão ambiental também se destacam. “Um recém-formado em Engenharia Ambiental ganha em média R$ 3.500. Com experiência, esse profissional pode ganhar até R$ 15 mil. O mercado de trabalho é extremamente promissor.”

Há 19 anos no mercado, Seabra atua na área de controle e otimização de processos, com foco em geração e distribuição de energia e tratamento de efluentes. Para ele, num futuro próximo, a demanda estará aquecida, principalmente nas áreas ligadas ao licenciamento de novos empreendimentos. “Na elaboração de projetos e na produção, em âmbito público ou privado, os especialistas na área ambiental terão espaço e serão absorvidos por diversos segmentos, entre grupos industriais, empresas prestadoras de serviços, consultorias, ONG’s e órgãos certificadores, inclusive na área acadêmica”, afirma.

A gestora ambiental Mariana Monferdini Romão, que atua no setor de segurança alimentar do Instituto Polis, uma ONG paulista, concorda. Em palestra realizada na UnG, ela disse que o aumento da consciência de preservação e das exigências do mercado tem criado cada vez mais oportunidades de trabalho na área ambiental. “Foi-se o tempo em que o impacto negativo que os lixos ocasionam na natureza era preocupação exclusiva de ambientalistas. Hoje, boa parte da humanidade está com as atenções voltadas a essa questão. O próprio mercado exige que as empresas multinacionais que atuam no Brasil ajam como se estivessem em operação no país de origem, ou seja, a questão ambiental se globalizou.”

Ricardo Seabra ressalta que as empresas responsáveis mantêm uma política ambiental de acordo com a legislação vigente e estão certificadas pela ISO 14.000, favorecendo o equilíbrio ecológico.

Hoje, as empresas que fazem da implementação do desenvolvimento sustentável um objetivo estratégico são as mais respeitadas. Além disso, a responsabilidade social e a preocupação com o meio ambiente são levadas em conta até para a liberação dos financiamentos internacionais. Entre os critérios adotados pelos dez maiores bancos do mundo estão o impacto ambiental do projeto sobre flora e fauna, a exigência de compensações em dinheiro para populações afetadas por um projeto (por exemplo, famílias obrigadas a mudar por inundação causada por uma hidrelétrica), a proteção a comunidades indígenas e a proibição de financiamento ao uso de trabalho infantil ou escravo.

Para os interessados nos cursos cujo o acesso se dá pelo vestibular (graduação e tecnológicos), a UnG está recebendo inscrições para o Processo Seletivo de meio de ano. Há a alternativa do vestibular eletrônico, que acontece em várias datas e horários; e do tradicional, com três opções de dias para realizar a prova: 23, 24 ou 25 de junho. O candidato escolhe a que melhor lhe convier. Informações: www.ung.br ou 0800 15 8822. Para o curso de pós-graduação lato sensu em Educação Ambiental, as inscrições para as turmas de agosto também estão abertas. Basta preencher a ficha disponível no site ou comparecer em uma das unidades da UnG. Informações: (11) 6464-1685/ 1684.


Projeto Cabuçu

Apoiado pela Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, o Projeto Cabuçu realizou um diagnóstico ambiental da área de entorno do Parque Estadual da Cantareira para orientar o uso do solo dessa área e, assim, proteger a maior floresta urbana da Região Metropolitana de São Paulo. Segundo o coordenador do Projeto Cabuçu, professor doutor Antônio Manoel Oliveira, trata-se de uma proposta de ocupação racional da região. “Os resultados do Projeto constituem um passo para a harmonia entre a expansão urbana de Guarulhos e suas matas, contribuindo para a valorização dos serviços ambientais do Cinturão Verde de São Paulo.”
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