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segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Semana Jurídica da UnG encerra com a apresentação de “Farias Brito”

Professor Francisco de Souza repetiu, com sotaque cearense, um dos discursos do jurista e filósofo

O evento, que chegou a sua 19.ª edição e este ano trouxe nomes como o jurista Damásio de Jesus e o promotor de justiça Fernando Capez, não poderia ter um encerramento melhor. Além de marcar os 19 anos de vida do curso de Direito da UnG, a Semana Jurídica, que foi promovida de 07 a 11 de agosto, também assinalou o lançamento da Semana Farias Brito, uma homenagem ao filósofo e jurista Raimundo de Farias Brito, que já deu nome à Universidade.
Na sexta-feira 11, último dia do evento, duas apresentações mostraram a importância desse pensador para a área jurídica brasileira. Na primeira, o professor Francisco de Souza repetiu, com sotaque cearense, o discurso de Farias Brito pronunciado em 11 de agosto de 1904 na Faculdade de Direito do Pará; e na segunda palestra, que mostrou o Direito sob a ótica de Farias Brito, o professor Dr. Edson Ferreira da Silva abordou o pensamento jurídico do advogado e filósofo.
Durante cinco dias de evento, a Semana Jurídica levou ao Auditório F da UnG mais de duas mil pessoas.



Conheça Raimundo de Farias Brito

Filho de Marcolino José de Brito e Eugênia Alves de Farias, fez seus primeiros estudos na cidade de Sobral (Ce). No entanto, devido à seca, teve de mudar-se com a família para Fortaleza, onde completou o curso secundário no Liceu Cearense. Formou-se em direito na Faculdade de Direito do Recife, onde foi aluno de Tobias Barreto, obtendo o título de Bacharel em 1884.
Atuou como promotor e, por duas vezes, como Secretário no Governo do Estado do Ceará. Mais tarde transferiu-se para o Estado do Pará, onde lecionou na Faculdade de Direito de Belém do Pará (1902-1909) e trabalhou como advogado e promotor. Tido como autor de prestígio, mudou-se para o Rio de Janeiro (1909) e venceu o concurso para a cátedra de lógica do Colégio Pedro II, cargo que exerceu pelo resto da vida.
Muito religioso, em suas primeiras obras criticou a filosofia da época, a seu ver dissolvente, propondo-se a combater o materialismo, a teoria da evolução e o relativismo, pregando um Deus como um princípio que explica a natureza e serve de base ao mecanismo da ordem moral na sociedade. Nas obras seguintes evoluiu para um espiritualismo mais pronunciado, abandonando o naturalismo inicial.
O pensamento do filósofo poderia ser resumido nas seguintes palavras:


Há pois a luz, há a natureza e há a consciência.
A natureza é Deus representado, a luz é Deus em sua essência e
a consciência é Deus percebido.
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