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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Entenda o vírus ebola

Patologia é transmitida através do contato direto entre as pessoas. Saiba mais

O vírus ebola, assunto recorrente nos últimos meses, é caracterizado por uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais. Com cinco espécies do vírus, os morcegos frutívoros são os possíveis 
transmissores da doença, que, provavelmente, não são afetados por ela. Segundo especialistas, o ebola, também encontrado em gorilas, chimpanzés, antílopes e porcos, é difundido por animais infectados através do sangue e de fluídos corporais. A manipulação ou ingestão de carne destes animais também contaminam o indivíduo. Acredita-se que a alta mortalidade causada pelo ebola acontece devido ao comprometimento do sistema de defesa do organismo.
 
O ser humano é contagiado pelo contato direto entre as pessoas, como o uso compartilhado de seringas ou através da saliva, vômito, lágrimas, suor, urina, fezes e o sêmen, que sustenta o vírus durante semanas caso a pessoa sobreviva à patologia. Outro meio de contrair a doença é nos enterros de pessoas mortas em sua decorrência, em que o indivíduo tem contato direto com o falecido.
 
Os sintomas iniciais da enfermidade são a febre, dor de cabeça, fraqueza muscular, dor de garganta, dor nas articulações e calafrios, que ocorrem de 5 a 10 dias após a infecção pelo ebola. Conforme a patologia se agrava, outros sintomas aparecem, como náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática, hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto.
 
Devido à semelhança dos sintomas iniciais do ebola com a gripe, a dengue hemorrágica, a febre tifoide e a malária, a doença pode demorar mais que o necessário para ser diagnosticada. Para tal, é preciso verificar se o paciente esteve exposto a situações de risco, realizar testes sorológicos e fazer o isolamento viral para a conclusão dos resultados.
 
Até o momento não há tratamento ou vacina para combater o ebola, mesmo algumas fórmulas testadas em macacos, morcegos e porcos-espinhos terem apresentado resultados positivos. Em caso de contágio, o paciente deve ser mantido hidratado e alimentado, isolado em hospital para evitar a propagação do vírus e controlar possíveis infecções e vômitos.
 
Algumas medidas podem ser tomadas para evitar a infecção pelo ebola, como lavar as mãos com frequência, evitar lugares públicos que facilitem a exposição ao vírus, comer alimentos de procedência confiável, não reutilizar agulhas e seringas, entre outras ações.
 
O surto de 2014 do ebola atinge, desde março, Guiné, Serra Leoa e Libéria, além de casos na Nigéria, Estados Unidos e Europa. A primeira suspeita da doença no Brasil foi registrada na última quarta-feira (8) e ainda está sob investigação.
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