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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Na Química, Nobel vai para pesquisador alemão

Gerhard Ertl desenvolveu estudos com reações químicas de superfície. Pesquisas envolvem fenômenos que vão de catalisadores dos carros à camada de ozônio
Portal UnG (10/10/2007) – Pesquisas que ajudaram a entender fenômenos tão variados quanto o surgimento da ferrugem, o funcionamento de células de combustível, o uso de catalisadores nos carros, a produção de fertilizantes e até o sumiço da camada de ozônio acabam de dar ao pesquisador alemão Gerhard Ertl, nascido em 1936, o Prêmio Nobel em Química.

Hoje professor emérito do Instituto Fritz Haber, em Berlim, o vencedor foi pioneiro nos estudos da chamada química de superfície, nos anos 1960. O prêmio representa a vitória da precisão: para conseguir entender de forma exata como os fenômenos da química de superfície acontecem, Ertl precisou criar uma série complexa de procedimentos de laboratório, colocando equipamentos em um vácuo quase absoluto, de maneira a haver pouca chance de contaminação nas reações.

As observações de Ertl envolviam, por exemplo, acompanhar como camadas individuais de átomos e moléculas se comportavam na superfície de um metal extremamente puro, determinando de forma exata cada novo elemento na reação química.

Uma das bases desse tipo de estudo é a análise de como o nitrogênio do ar, com a ajuda de uma superfície de ferro como catalisadora, pode ser retirado da atmosfera e transformado em fertilizante -- uma operação que é fundamental para a produção agrícola hoje. Num contexto urbano, o trabalho do pesquisador alemão também é importantíssimo: ele estudou como o monóxido de carbono, um poluente causador de asfixia resultante do motor dos carros, pode ser retirado do ar usando platina -- essa é a origem dos catalisadores dos automóveis de hoje.

Entender como a camada de ozônio está sendo destruída pelos chamados CFCs também se tornou possível graças ao trabalho do alemão -- partes importantes da reação em questão acontecem justamente na superfície de pequenos cristais de gelo na estratosfera.

Fonte: Associated Press
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