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terça-feira, 13 de maio de 2008

Até 2050, o Brasil será o sexto no ranking de países com maior número de pessoas idosas

Dado foi apresentado na última terça-feira durante a realização da Conferência Municipal dos Direitos dos Idosos de Itaquá, cuja sede foi a UnG
Portal UnG (14/05/2008) – A busca por qualidade de vida na terceira idade nunca foi tão crescente, como também nunca o foi o número de idosos no País. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem hoje 14,5 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que representa 8,6% da população, quase 2% a mais do que na década de 1990. A previsão, de acordo com o mesmo instituto, é que esse crescimento se acentue a passos largos. Em 2050, serão 34,3 milhões de idosos. O número de pessoas com mais de 80 anos irá superar o de jovens de 20 a 24 anos e até o de crianças abaixo dos 14 anos. “Nos anos 70, o Brasil era considerado o País dos jovens. Em breve, seguindo as expectativas, iremos ocupar o sexto lugar no ranking de países com maior número de pessoas idosas”, salientou Juraci Fernandes, durante palestra proferida nesta terça-feira (13) pela Conferência Municipal dos Direitos dos Idosos de Itaquaquecetuca, cuja sede foi a Unidade Itaquá da UnG.

Segundo Juraci, o envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde, e da redução da taxa de natalidade.

Para se adaptar a essa abrupta mudança, o Brasil terá de fazer severas modificações no cenário socioeconômico e político, uma vez que haverá a necessidade do desenvolvimento de políticas voltadas a esse público.

A Renadi (Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa), por exemplo, é vista como um bom começo para essa discussão. E foi esse o foco principal dos debates desenvolvidos durante a Conferência de Itaquá. Essa Rede é uma organização da atuação pública (do estado e da sociedade) através da implementação de um conjunto articulado, orgânico e descentralizado de instrumentos, mecanismos, órgãos e ações para fazer valer todos os direitos da pessoa idosa no País.

Por quase cinco horas, cerca de 200 idosos da cidade ouviram a discussão em torno de oito eixos do contexto da Renadi: defesa e proteção de direitos; violência; saúde; previdência social; assistência social; financiamento e orçamento público; educação, cultura, esporte e lazer; e controle democrático.

Embora principal, a Rede e suas diretrizes não foram os únicos temas de debates. A secretária de Promoção Social de Itaquá, Marina De La Vedova, aproveitou a oportunidade para expor o crescimento dos investimentos nos projetos voltados à terceira idade. Segundo ela, em 2005, quando começaram a ser desenvolvidas iniciativas para o setor, a Secretaria tinha uma verba de R$ 20 mil; hoje, são quase R$ 1 milhão. Uma das novidades para os idosos do município, segundo a secretária, é a definição da planta do novo Centro de Convivência da Melhor Idade de Itaquá.
Também presente à cerimônia estava a vice-reitora de Extensão, Cultura e Apoio Comunitário da UnG, profa. Maria Helena Krüger. Para ela, é uma satisfação abrir as portas da Universidade para tão importante evento. “Somos um País já visto como idoso, em comparação a outras nações. Nada mais importante do que discutir medidas para melhorar a vida dessa população”, disse.

Maria Helena também expôs projetos desenvolvidos no município pela UnG que evidenciam a preocupação da Instituição com os idosos. A Universidade Aberta da Terceira Idade (Uati-UnG), que hoje conta com 60 alunos, e as ações do Paddac (Programa de Ação Docente-Discente Assistencial Comunitário) são alguns exemplos citados pela professora.

Em relação à Uati, a coordenadora do programa, profa. Lislei Rosa, mostrou para o público o funcionamento do curso em Itaquá. Atualmente, três disciplinas estão em atividade: Informática, Espanhol e Artes.

Outras autoridades que estiveram presentes na Conferência foram a presidente do Conselho Municipal dos Idosos, Mariângela Ribeiro; a secretária de Educação de Itaquá, Maria Helena Rodrigues; a presidente do Fundo Social e primeira-dama da cidade, Heroilma Tavares; e o secretário de Cultural Jandir Jorge de Souto, que é ex-aluno da UnG.


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