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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Campanha de vacinação contra rubéola termina em setembro

Diretora do curso de Fonoaudiologia da UnG alerta para o risco da imunização em gestantes
Portal UnG (07/08/2008) – O Ministério da Saúde inicia neste sábado, dia 9, a Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola. O órgão espera imunizar cerca de 70 milhões de homens e mulheres em todo o País, com idades entre 20 e 39 anos, durante as cinco semanas da iniciativa. A campanha é a maior já realizada no mundo.

Os sintomas iniciais da rubéola podem ser confundidos com os da gripe. As duas doenças são causadas por vírus, mas, na rubéola, surgem manchas vermelhas no rosto e, em seguida, no tronco e nos membros. A doença causa ainda febre baixa e gânglios no pescoço. Adolescentes e adultos podem apresentar também dor nas articulações, conjuntivite, coriza e tosse.


Preocupação com grávidas

A rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus que atinge principalmente as crianças. A preocupação é ainda maior com as mulheres grávidas, que podem passar a doença para o feto, causando má-formação. Nesses casos, a patologia pode provocar aborto ou nascimento de crianças com a Síndrome da Rubéola Congênita, cujos reflexos podem ser caracterizados por deficiência auditiva, lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma), malformações cardíacas e alterações neurológicas (microcefalia, meningoencefalite, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor). “A administração dessa vacina pode privilegiar somente as mulheres não gestantes, que têm a real certeza de que não estão grávidas”, expõe a diretora do curso de Fonoaudiologia da UnG, profa. Eliana De Martino. “Se a mulher está planejando uma gravidez, é fundamental que, ao ser imunizada, espere ao menos seis meses para engravidar. Caso contrário, o impacto no feto poderá ser o mesmo”, complementa.

Os especialistas afirmam que 85% dos fetos cujas mães se infectaram com o vírus da rubéola durante os três primeiros meses da gestação irão apresentar alguma deficiência.

As contra-indicações para a vacina se estendem ainda às pessoas portadoras de deficiência imunológica congênita ou adquirida, devido a tratamentos com imunossupressores, corticosteróides, antimetabólicos ou radiação; que tenham reações comprovadas à vacina ou a um de seus componentes, como a neomicina; ou hipersensibilidade comprovada à proteína do ovo.
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