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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Professora da UnG classifica-se para a etapa final da Olimpíada de Língua Portuguesa

Portal UnG (18/11/2010) – Após ficar entre os 38 melhores colocados na categoria “Poema” durante a semifinal da Olimpíada de Língua Portuguesa, disputada em Fortaleza, entre os dias 08 e 10 de novembro, a professora dos cursos tecnológicos e Administração da UnG, Patrícia Alves de Amorim Percinoto, e seu aluno Fábio Henrique Silva Anjos, de 11 anos, estudante da EMEF Frei Antônio de Santana Galvão, em São Paulo, conquistaram uma vaga na etapa final da competição.

A disputa acontecerá no dia 29 de novembro, em Brasília, e reunirá 152 finalistas das categorias poema, memória, crônica e artigo de opinião. Estão previstas as presenças do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Ministro da Educação, Fernando Haddad.

Nessa etapa serão selecionados cinco textos de cada categoria, totalizando 20 vencedores.

A Olimpíada é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) com a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Na edição 2010, inscreveram-se 141.854 professores de 60.123 escolas públicas, localizadas em 5.498 diferentes municípios brasileiros. Participaram aproximadamente 7 milhões de alunos do 5.º ano do Ensino Fundamental ao 3.º ano do Ensino Médio.

Em seu poema, Fábio Henrique Silva Anjos retrata a desapropriação da Favela da Torre, no bairro do Jaçanã, em São Paulo, onde ele morava com a família.

NÃO TER ONDE MORAR

Eu moro em São Paulo.
Bairro do Jaçanã,
Eternizado por Adoniran.

Confusão na viela.
Nunca vi uma coisa daquela.
Em questão de instantes acabou a favela.

Muitos barracos no chão.
É hora da desapropriação.
Cada tábua que caía, doía o meu coração.

E a população?
Ficou sem eira, nem beira, nem chão.
Houve até manifestação.

Sem ter onde morar.
Fiquei sem lar.
A favela era o meu lugar.

Agora só resta a mudança.
Acreditar na esperança.
Ainda sou uma criança.
E espero a bonança.

Palavras do poeta inspiram lembrança:
Saudosa maloca, maloca querida.
Lá na Torre “nóis passemo”
“Dias feliz” da nossa vida.

Quero um mundo melhor.
E sair dessa pior.
Já são onze horas, não posso perder o trem.
Que já vem... Que já vem... Que já vem...
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