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segunda-feira, 28 de agosto de 2006

UnG sedia encontro internacional sobre Hidrologia Antiga

Evento contou com a participação dos mais respeitados pesquisadores do mundo em Sistemas Fluviais, oriundos de onze países.
O pró-reitor Acadêmico da UnG, professor Nelson Bomtempi Jr, abriu oficialmente na sexta-feira, 25 de agosto, o encontro internacional sobre hidrologia antiga denominado de “Presente e Passado do Sistema Fluvial”, dando as boas-vindas aos mais de 20 pesquisadores integrantes de dois grupos de trabalho: o Glocoph (Global Continental Palaeohydrology Project) e o “Fluvial sequences as evidence for landscape and climatic evolution”.
Segundo o geólogo José Cândido Stevaux, docente do programa de mestrado em Análise Geoambiental da UnG e um dos organizadores do evento, o Glocoph existe desde 1994 e realiza encontros anuais em diversos países para apresentar as pesquisas que estão sendo desenvolvidas na área. O presidente do grupo, o pesquisador espanhol Gerardo Benito, e o representante do IGCP 518, o argentino Edgardo Latrubesse, também coordenam essa etapa.
Stevaux diz que umas das missões do evento é incrementar as pesquisas na UnG. “Hoje, temos bastante produção no curso de Análise Geoambiental, que já está aprovado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Este ano, já na terceira turma, seremos mais uma vez avaliados pela entidade, e acredito que conquistaremos um bom resultado, uma vez que temos produzido bastante.”
Além dos brasileiros, estiveram presentes no encontro pesquisadores da Inglaterra, Estados Unidos, Japão, Argentina, Índia, Polônia, Austrália, Alemanha, Espanha e China, todos ligados ao Inqua (International Union for Quaternary Research) e ao IAG (International Association of Geomorphologists), duas importantes associações internacionais na área de Geociências.
Segundo Stevaux, o Inqua estuda o último período da história da Terra, o quaternário. “É um estudo multidisciplinar, que inclui Botânica, Zoologia, Geologia e Climatologia, todos focados nos últimos dois milhões de anos da Terra”. Já o IAG estuda o relevo, evolução de relevo, área de risco, risco de escorregamento, risco urbano, entre outros assuntos.
O presidente da Glocoph, Gerardo Benito, que visita o Brasil pela primeira vez, explica que os pesquisadores ligados ao grupo já se reuniram na Espanha, Rússia, Índia, Japão, Alemanha e, agora, no Brasil. “Essa pode ser a última reunião dessa série de estudos. Já temos muitos trabalhos publicados, entre eles três livros”, salientou.
O outro grupo participante do encontro – a Fluvial sequences as evidence for landscape and climatic evolution – é ligada à Unesco e cria programas na área de Geociências. No evento realizado pela UnG foi representada pelo grupo IGCP 518. “Estudamos os rios de todo o planeta. De São Paulo seguiremos para um trabalho de campo no Rio Paraná. Uma vez concluídos os projetos desse e de outro grupo que está reunido na Turquia, o resultado deve constar de uma publicação internacional”, conta Stevaux. O encontro do ano que vem será realizada na Austrália, com objetivos mais auspiciosos. “O Glocoph quer formar um grupo especialista em grandes rios e sistemas fluviais. Temos um projeto pré-aprovado para estudar o Rio Ienissei, na Sibéria, com pesquisadores do Brasil, Argentina e da Rússia”, explica José Cândido Stevaux. “A verdade é que sempre reavaliamos o trabalho desenvolvido. No ano que vem, vamos rediscutir o grupo como um todo.”
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