quinta-feira, 22 de junho de 2006
UnG é sede do I Fórum Paulista de Políticas Públicas em Fonoaudiologia
Entidade representativa dos profissionais, fonoaudiólogos, autoridades e a população em geral se reúnem para discutir interesses da classe diante das diferentes instituições governamentais.
Entidade representativa dos profissionais, fonoaudiólogos, autoridades e a população em geral se reúnem para discutir interesses da classe diante das diferentes instituições governamentais.No calor da luta que a Fonoaudiologia vem travando por dias melhores, e com o objetivo de revitalizar as leis que regem a atuação desse profissional e que garantem o atendimento ao público, a Universidade Guarulhos, em parceria com o Conselho Regional de Fonoaudiologia, 2ª região, realizará nesta sexta-feira, dia 23, o I Fórum Paulista de Políticas Públicas em Fonoaudiologia. Segundo a professora dra. Eliana De Martino, diretora do curso de Fonoaudiologia, “será uma força tarefa com caráter político”.
Um dos maiores desafios enfrentados pela classe desde 1981, quando foram implantados os conselhos profissionais na área, é a implantação de programas e o reconhecimento da importância do fonoaudiólogo nas instituições de saúde (públicas ou privadas).
O Fórum reunirá profissionais da área de todo o estado, autoridades públicas e privadas que, através do encontro, discutirão interesses da classe perante as diferentes instituições governamentais.
Segundo a professora Eliana, nos últimos anos o número de candidatos para o curso de Fonoaudiologia tem caído bruscamente. Muitas universidades já fecharam seus cursos, e outras estão com número reduzido de alunos. Até mesmo as universidades públicas apresentam relação aluno - vaga bem abaixo da que normalmente ocorria antes dos anos 90.
“Os colégios de ensino médio não têm incentivado os alunos a prestarem vestibular para Fonoaudiologia. A justificativa é óbvia – não há oferta no mercado de trabalho, não são abertos concursos públicos, o salário é baixo e muitos de nós trabalham, exercendo suas especialidades com remuneração distante da ideal. Há uma série de colegas que atuando em outra área por falta de emprego, outros vêm se submetendo as remunerações baixíssimas por falta de opção, ou desistindo da Fonoaudiologia. Se tudo continuar declinando desse jeito, corremos o risco de não termos mais cursos de graduação, e aí a tendência é a profissão se extinguir”, afirma a diretora.
A partir da análise descrita pela diretora de curso da UnG, por outro lado, há inúmeras leis e projetos de leis aprovados que não estão sendo aplicados por falta de vontade política. Há uma procura infindável de serviços de fonoaudiologia em postos de saúde, hospitais, escolas, e não há profissionais suficientes atuando, já que as prefeituras não convocam os que já foram aprovados em concursos.
“Essa situação precisa mudar. Para isso, nós do curso de Fonoaudiologia da UnG, juntamente com o CRFa, estamos convocando os profissionais da área e a população a participar do I Fórum Paulista de Políticas Públicas em Fonoaudiologia”, finaliza Eliana.
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