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quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Técnico da seleção brasileira de vôlei sentado faz palestra na UnG

Amauri Ribeiro falou sobre os esportes para os portadores de necessidades especiais durante o terceiro dia de atividades da Semana de Educação Física

Portal UnG (06/09/2007) - Bastaram sete dias de Parapanamericano, no Rio de Janeiro, para que a delegação brasileira mostrasse sua força. Foram 228 medalhas conquistadas, das quais 83 são de ouro, 68 de prata e 77 de bronze. Resultado que, nas palavras de Amauri Ribeiro, técnico da seleção brasileira de vôlei sentado, campeã panamericana, deve-se única e exclusivamente ao esforço de cada paratleta.
Em visita à UnG pela Semana Acadêmica de Educação Física, o ex-jogador da seleção brasileira de vôlei (geração de prata) falou aos estudantes sobre os esportes para portadores de necessidades especiais. Utilizando como base a recém-conquista e o seu contato com os paradesportistas, Amauri disse que o desempenho da categoria fez com que a sociedade a reconhecesse e passasse a torcer. “A partir desse reconhecimento houve um crescimento natural no número de atletas. Além disso, a iniciativa privada e o próprio governo passaram a investir mais recursos e lançar ações para estimular a prática esportiva de portadores de necessidades especiais”, disse o técnico ao Portal UnG.

Segundo ele, o patrocínio voltado ao paradesporto ainda está aquém do necessário.  Apesar disso, o lançamento de iniciativas como o bolsa-atleta, do governo federal, e a possibilidade de mais patrocínios em 2008 em virtude da Paraolimpíada, levam mais ânimo a quem está envolvido com a modalidade.

Em relação à forma de lidar com o paratleta, o técnico afirma que não há diferença em comparação ao atleta sem necessidades especiais. “No voleibol, por exemplo, fazemos as mesmas exigências, mas também procuramos oferer a mesma estrutura: técnico, auxiliar técnico, preparador físico, fisioterapeuta, psicólogo, etc.”, citou. “É lógico que não podemos comparar a atenção dispensada a um atleta da atual seleção brasileira, treinada por Bernadinho, com a nossa. Estamos em foco há apenas quatro anos e ainda temos de percorrer um longo caminho”, complementou.

Perguntado sobre o mercado de trabalho para profissionais da Educação Física nos esportes paraolímpicos, Amauri foi promissor: “Quem estiver apostando nisso está no caminho certo. O crescimento das modalidades deve ser ainda maior nos próximos anos”.

A semana – Desde sábado em atividade, a VII Semana de Educação Física da UnG já realizou uma série de iniciativas, como apresentações de grupos de dança e capoeira; palestras com renomados profissionais, entre os quais os professores Adriano Pires de Campos, um dos organizadores do Pan Rio 2007, e Timoteo Araújo, cujo tema da apresentação foi "Detecção de Talentos”; e a realização do Fórum Permanente de Educação Física Escolar, o primeiro a ser feito em uma instituição de ensino. “O fato de oferecermos a licenciatura e o bacharelado em Educação Física fez com que diversificássemos ao máximo essa semana acadêmica. Isso porque temos de mostrar a abrangência da profissão”, explicou.

Estudante do 6.º semestre do curso, Cláudio Roberto de Oliveira disse que acompanha todas as atividades que pode. Para ele, o grande diferencial do evento é a mescla de apresentações. “Nesta Semana, os alunos não são apenas espectadores, mas também atores. Nós levamos aos participantes da semana uma série de apresentações, ao mesmo tempo que sentamos e assistimos às palestras dos renomados profissionais que aqui vêm. Essa abertura de espaço valoriza muito o nosso trabalho”, afirmou.



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