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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mestrado em Análise Geoambiental recebe nota 4 em avaliação da Capes

Produção intelectual de docentes e mestrandos, proposta do programa e infraestrutura foram alguns dos diferenciais apresentados pelo Stricto Sensu
Portal UnG (26/10/2010) – O Programa de Mestrado em Análise Geoambiental (MAG) da UnG, único em IES privada no Estado de São Paulo, recebeu nota 4 na avaliação trienal realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A nota atribuída pelo órgão do MEC pode variar de 1 a 5 para mestrados, o que coloca o MAG na categoria “Bom”. A avaliação é referente ao triênio 2007-2009 e analisou os seguintes quesitos: proposta do programa; corpo docente; corpo discente; produção intelectual e inserção social.

Para o coordenador do MAG, prof. dr. Antonio Roberto Saad, três quesitos em especial tiveram grande peso para esse bom desempenho: produção intelectual de docentes em parceria com os mestrandos; tempo de fluxo entre o início e a conclusão da dissertação; e a proposta do Programa. “Temos publicado artigos em periódicos científicos bastante qualificados, tanto nacionais como internacionais, bem como editado livros e capítulos de livros que abrangem os mais diferentes temas relacionados à nossa área de estudo. Essa produção, fruto de uma parceria bem sucedida celebrada entre professores e pós-graduandos, foi um dos pontos bem qualificados na avaliação”, aponta Saad.

O coordenador explica que o tempo ideal, considerado pela Capes, para a obtenção do título de mestre é de 24 a 30 meses, a partir da data de início do curso. No Mestrado em Análise Geoambiental da UnG, as 40 dissertações defendidas entre 2007 e 2009 tiveram tempo médio de produção de 27 meses.

O terceiro quesito apontado por Saad refere-se à proposta do Programa. Segundo ele, o MAG recebe perfis diversificados de alunos: biólogos, geógrafos, engenheiros, turismólogos, advogados, economistas e químicos são alguns deles. “A Análise Geoambiental é elaborada com base no meio físico (Geociências), complementado pela análise do meio biótico (Biociências) e do meio socioeconômico. Conseguimos, com sucesso, estruturar uma proposta que possibilite desenvolver temas para pesquisas a profissionais de diferentes áreas de atuação”, enfatiza o coordenador. Outro diferencial do Programa é a possibilidade de matrícula de profissionais em caráter especial, em que os alunos irão se adaptar à realidade do mestrado antes de submeterem-se ao exame de seleção.

Embora destaque esses pontos como os diferenciais na análise realizada pela Capes, Antônio Saad afirma que o processo de avaliação do Programa é feito de forma holística, incluindo também a sua estrutura. “Temos uma boa infraestrutura, com biblioteca específica e quatro laboratórios de pesquisa (Geociências, Geoprocessamento, Palinologia/Paleobotânica e Sedimentologia), equipados, em parte, com recursos conquistados em agências de fomento”, ressalta. Em outubro, por exemplo, o Laboratório de Geociências foi contemplado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) com verba no valor de R$ 150 mil para a modernização de suas instalações.

Sobre o futuro do MAG, o coordenador diz que, mesmo com a conquista da nota 4, que em tese possibilitaria a abertura de um doutorado na área, o grupo que compõe o corpo docente do Programa optou por outros desafios. “Iremos nos dedicar intensamente ao desenvolvimento de novos projetos de pesquisa. Alguns deles, inclusive, já estão em fase de elaboração das propostas. Outra meta é o fortalecimento internacional do Mestrado, com o estabelecimento de acordos de cooperação com instituições de várias partes do mundo e a publicação sistemática de artigos em periódicos internacionais”, pontua o pesquisador. “Somente dessa forma conseguiremos a manutenção da nota 4 na próxima avaliação trienal da Capes (2010 – 2012), bem como o amadurecimento do grupo para a proposta do Projeto do Doutorado – 2013”.

MAG e os projetos

Desde que foi recomendado pela Capes, em 2004, o Mestrado em Análise Geoambiental tem alcançado vitórias expressivas, seja na formação de novos mestres em ciências ligadas ao meio ambiente, seja nas pesquisas desenvolvidas por seus docentes e alunos. Isso lhe garantiu o conceito “3” em seus primeiros anos de atividade, nota que vigorou até 2009.

Nesses quase seis anos de atividades, dezenas de dissertações foram defendidas, todas enquadradas numa das duas linhas de pesquisa do Programa: Análise Geoambiental Aplicada ou Indicadores de Transformações Ambientais. Esses trabalhos têm possibilitado a participação de professores e pós-graduandos em eventos científicos de diversas especialidades, nacionais e internacionais; conquistas de verbas junto a órgãos de fomento (Fapesp e CNPq, por exemplo); e publicações em periódicos científicos, todos qualificados pela Capes, incluindo o periódico Revista UnG – Geociências.

Palestras têm sido corriqueiramente proferidas em instituições de ensino superior e eventos científicos; assim como interações de pesquisa científica com especialistas de outras instituições de ensino e de pesquisa nacionais (USP, Unicamp, Unesp, UEM, UFMS, UFRGS, Petrobrás) e estrangeiras (Florida Institute of Technology, Florida; Universidad de La Republica, Montevideo; Université Pierre et Marie Curie, Paris; Universität von Heidelberg, Heidelberg; Birbal Sahni Institute of Palaeobotany, Lucknow; dentre outras).

Em entrevista ao Portal UnG, logo após a divulgação da nota do MAG pela Capes, o professor Antonio Roberto Saad falou sobre projetos em desenvolvimento. Segundo ele, dois novos temas de pesquisa passarão a ser abordados pelo Programa: Geoprocessamento aplicado a Estudos Ambientais e Saúde Ambiental – esse último em parceria com os programas stricto sensu de Odontologia e Enfermagem da UnG.

Há, ainda, outros projetos de pesquisa, alguns deles já em andamento em parcerias com grandes instituições. São eles:

  • Sob a coordenação do Instituto Botânico da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, será realizado um estudo sobre a qualidade das águas de todos os reservatórios da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP. Os profs. drs. Antonio Manoel dos Santos Oliveira, Marcio Roberto Magalhães de Andrade e Antonio Roberto Saad deverão participar desse projeto, além de técnicos do Laboratório de Geoprocessamento;
  • O Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro formalizou um convite ao prof. dr. Mario Lincoln De Carlos Etchebehere, docente do Mestrado, para participar de projeto com objetivo de elaborar mapas neotectônicos do território brasileiro. Essa pesquisa terá suporte financeiro da Petrobras;
  • O terceiro projeto está ligado a estudos palinológicos em território amazônico. Essa pesquisa será coordenada pelo prof. dr. Paulo Eduardo de Oliveira e contará com parcerias do Florida Institute of Technology e da Universidade de São Paulo. O estudo visa entender o processo de ocupação das civilizações pré-atuais nessa região do País;
  • O quarto projeto está em pleno desenvolvimento e diz respeito aos estudos paleobotânicos e palinológicos, desde o período Paleozóico até o início do Paleógeno, com o objetivo de comparar a evolução paleoflorística entre os territórios brasileiro e indiano, tendo em vista que, no passado geológico, fizeram parte de um mesmo continente. Esse estudo está sob a responsabilidade das profas. dras. Mary Elizabeth Cerrutti Bernardes-de-Oliveira e Maria Judite Garcia;
  • Com financiamento de agências de fomento do Brasil e o apoio do governo alemão, terá início em 2011 mais um projeto internacional. Trata-se de uma pesquisa coordenada pela profa. dra. Ana Olívia Barufi Franco de Magalhães e dela participarão diversos pesquisadores brasileiros e alemães (Universitat Heidlberg). Pretende-se realizar um estudo da evolução geológica das costas brasileira e africana. No Brasil, a análise se dará a partir do Estado de São Paulo, em direção ao Sul, até o Estado de Santa Catarina; na África, serão estudados países como Angola e Namíbia.
Para Saad, todos esses projetos de pesquisa abrirão um vasto campo para o desenvolvimento de novos trabalhos a serem realizados pelo MAG, de tal formal a consolidá-lo junto às comunidades geocientíficas nacional e internacional.
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