quinta-feira, 28 de março de 2013
Pesquisadora holandesa visita Laboratório de Paleontologia
Carina Hoorn, geóloga da Universidade de Amsterdam, conversou com estudantes do Mestrado em Análise Geoambiental
A geóloga e doutora em Paleontogia, Carina Hoorn, da Faculdade de Ciência da Universidade de Amsterdam, esteve em visita no Laboratório de Paleontologia da UnG. Ela passou dois dias na Instituição, um dos quais (26) em conferência com estudantes do Programa de Mestrado em Análise Geoambiental da Universidade. Na ocasião, falou sobre o projeto ambiental desenvolvido entre Brasil e União Europeia (UE), com financiamento da Comissão Europeia (CE).
Chamado Clim-Amazon, o projeto tem como objetivo desenvolver pesquisas sobre a relação entre variação climática e mudanças antrópicas na Bacia Amazônica, além de ampliar a visibilidade das cooperações científicas estabelecidas entre pesquisadores brasileiros e franceses, por meio do atual Laboratoire Mixte International Observatoire dês Changements Environnementaux, o qual é coordenado pelo Instituto de Geociências da Universidade de Brasília.
Além da cientista holandesa, a profa. dra. Maria Judite Garcia, coordenadora dos Laboratórios de Geociências, Palinologia e Paleobotânica da UnG, integra o grupo que desenvolve o projeto, iniciado em dezembro de 2011 e com previsão de término em novembro de 2015. “Troquei muitos e-mails com a Carina sobre pesquisas e dados. Também já li muitos artigos que ela escreveu sobre grãos de pólen, área em que somos especialistas. Quando soube que ela estava em Brasília, a convidei para conhecer a Universidade e conversar com nossos alunos”, disse Judite.
O principal impacto dessa colaboração científica entre Brasil e UE será a compreensão dos processos de transporte e sedimentação da Bacia Amazônica, a maior bacia tropical do planeta, que desempenha papel fundamental na regulação do clima mundial. “Consolidar a cooperação técnico-científica entre os países da América do Sul e da União Europeia para pesquisar temas ambientais é de suma importância. Estou feliz por estar aqui e fazer parte desse trabalho. Trocar experiências com os alunos de mestrado da UnG é uma oportunidade para atrair mais colaboradores à causa”, relatou Carina.
Além da visita para tratar dos assuntos do Projeto, Carina e Judite também desenvolvem em conjunto pesquisas para a produção de um livro. Judite convidou a holandesa para coordenar um dos capítulos do livro “Paleoclimas do Brasil - Paleoclima Neógeno da Amazônia e nordeste do Brasil”, do qual, além das duas, a paleobotânica e profa. dra. Mary Elizabeth Bernardes de Oliveira, docente da UnG, também faz parte, em conjunto com outros pesquisadores de diversas instituições brasileiras. “Aproveitamos dois dias para discutirmos e elaborarmos o capítulo desta produção, além de estabelecer uma parceria mais profunda com a participação da UnG nesse projeto amazônico”, disse Judite.
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