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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Laboratório de Biociências da UnG conta com técnicas avançadas de resgate de espécimes descartados

Após cinco meses de trabalho, técnico do Laboratório de Biociências da UnG finaliza montagem de esqueleto de avestruz
Portal UnG (07/02/2008) - Há 5 meses, o técnico do laboratório de Biociências de Universidade Guarulhos, Rudney de Almeida Santos, vem trabalhando na montagem do esqueleto de um avestruz, doado pelo aluno Walter Wilhans do curso de Medicina Veterinária. Rudney explica que a montagem do esqueleto leva todo esse tempo devido às diversas etapas.

“Primeiramente, toda a musculatura do animal é retirada. Após isso, ele permanece em recipiente fechado imerso em água por volta de quatro meses para que o restante dos músculos se dissolva. Quando o bicho é retirado, passa por um processo de lavagem e tratamento com peróxido de hidrogênio para o clareamento dos ossos. Após ser secado à sombra, estará pronto para a montagem”, explica o técnico.

A montagem do esqueleto de um animal é feita em posição de vida, observada por meio de figuras ilustrativas. Seus elementos são fixados, anatomicamente, com pinos, arame e cola.

Além de diversos esqueletos, o laboratório de Biociências da UnG conta com enorme quantidade de animais taxidermizados, técnica (taxidermia) que consiste na reconstituição de vertebrados. “A taxidermia tem como finalidade o resgate de espécimes descartados, por meio da reconstrução de suas características físicas, o mais fielmente possível”, explica o professor dos cursos de Ciências Biológicas e Medicina Veterinária, Silas Lobo.

Outra técnica muito utilizada para facilitar o estudo das estruturas internas de animais e plantas é a diafanização, que possibilita a análise desses seres vivos através do clareamento dos tecidos, evidenciando, assim, por meio de pigmentos, as nervuras (em caso de plantas) e os ossos (em caso de animais).

“São profissionais como o Rudney que acentuam a qualidade de ensino do nosso curso. Um esqueleto de avestruz, por exemplo, é raridade em instituições privadas”, elogia o professor Silas. “Quanto maior for o interesse por parte de professores e alunos, melhor”, acrescenta.

Rudney tem 25 anos, é formado em Biologia e, atualmente, cursa mestrado em Análise Geoambiental, ambos pela Universidade Guarulhos. Já montou cerca de 12 esqueletos, fez dezenas de taxidermizações e ministrou cursos sobre esta técnica na UnG e em outras instituições de ensino superior.
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