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sexta-feira, 4 de maio de 2007

UnG e Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos firmam parceria

Já faz algum tempo que pesquisas apontam a sobra de vagas no mercado de trabalho. Embora possa parecer um paradoxo, especialmente diante da taxa de desemprego que assola o País – cerca de 10% da população economicamente ativa está desempregada, segundo o IBGE –, esse resultado evidencia que falta mão-de-obra qualificada. Foi-se o tempo em que a experiência de chão de fábrica e a disponibilidade de horário eram os únicos requisitos para preencher uma vaga. Hoje, pelo menos 85% das empresas nacionais exigem um diploma universitário. O problema, porém, está em como conquistá-lo sem condições financeiras para cursar uma universidade privada e com a dificuldade para ingressar em uma instituição de ensino pública.

Para preencher essa lacuna e colaborar para que cada vez mais profissionais qualificados ingressem no mercado, a UnG e o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos acabam de firmar um convênio, que oferece entre os seus benefícios desconto de 20% nas mensalidades para qualquer curso de graduação da Universidade que tenha, no mínimo, três anos de duração; o apoio científico e cultural ao desenvolvimento pessoal; e a realização de atividades de cooperação, tais como cursos, congressos, entre outros. “É uma troca de benefícios. O Sindicato, que tem contato intenso com as empresas, sabe bem o que elas precisam e irá nos apontar isso. Assim, nós iremos qualificar os profissionais para atender essa necessidade”, enfatiza o vice-reitor de Cultura e Integração Comunitária da UnG, prof. Nelson Figueiredo Filho. “O papel da Universidade é buscar a inclusão social da comunidade. Essa, contudo, não é feita apenas com atendimento na área da saúde, mas também com formação profissional sólida”, completa.

Durante o evento organizado pela UnG para formalizar a parceria, realizado na manhã desta quinta-feira (3) na Unidade Guarulhos-Centro da Universidade, o presidente do Sindicato, José Pereira dos Santos, disse que esse convênio é um grande passo e que poderá beneficiar milhares de trabalhadores, bem como seus dependentes. “Somos da idéia de que é através da educação que formamos uma Nação. O fato de os adeptos da categoria ter à disposição uma universidade de credibilidade para estudar e aumentar suas chances de um emprego melhor é importantíssimo.”

A formalização de parceria entre as duas entidades vem sendo adiada há três anos. A demora, segundo Pereira, deve-se a alguns pontos no contrato que ainda estavam sendo acertados. Para o chanceler da UnG, prof. Antonio Veronezi, essa longa conversa tem uma explicação química: “Os metais mais raros e sólidos são aqueles que mais tempo demoram e mais fogo precisam para se fundir. Eu entendo que essa fusão tem uma têmpera muito alta, mas que é sólida e será duradoura. Isso é melhor do que ter um Zarcão, que qualquer chuva pode destruir”, explanou Veronezi, que é formado em Química.

Antes de assinar o convênio, o reitor da UnG, prof. Péricles Trevisan, enfatizou que a parceria é mais uma ação que a Universidade promove buscando o cumprimento de sua missão social. De acordo com ele, “essa é uma marca que destaca e particulariza a Instituição”.

Há 44 anos lutando pelos direitos dos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos abrange as regiões de Arujá, Mairiporã e Santa Isabel e é composto atualmente por 25 mil associados.

Pesquisa – Célio Ferreira Malta, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, o terceiro maior da categoria na América Latina, disse que a UnG é unanimidade entre os trabalhadores. Segundo ele, durante o trabalho que a entidade exerce nas portas das empresas, foi feita uma espécie de pesquisa informal, a qual ele chama de boca-a-boca. A pergunta era “De qual instituição de ensino superior da região os trabalhadores gostariam que o Sindicato se tornasse parceiro?”. “A cada 10 pessoas, 9 apontaram a UnG”, revelou. “Creio que isso se deve à tradição da Universidade”, completou o vice-presidente.