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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ações da UnG pelo Dia do Ensino Responsável 2008 levam entretenimento e orientação à população

Portal UnG (29/09/2008) – Cristiane Monteiro dos Santos é guarulhense. Mãe da pequena Laura Monteiro Souza, de 6 anos, passou os últimos dez dias em um dos quartos do primeiro andar do Hospital Municipal da Criança de Guarulhos. É que Laura se recupera de uma pneumonia. No último sábado (27), mãe e filha tiveram o principal passatempo, que é assistir a desenhos na televisão, interrompido por palhaços, brincadeiras, caricaturas e distribuição de brinquedos. Imediatamente o semblante da pequena ganhou expressões de felicidade. Com a Amorosa nos braços – nome que ela deu à boneca que ganhou –, Laura disse que gostou muito das brincadeiras. “Eles me deixaram bastante feliz”, disse ela. Para a mamãe Cristiane, ações desse tipo poderiam acontecer todos os dias. “De maneira geral, os hospitais nunca têm um ambiente agradável; e nem todas as crianças que neles estão podem contar com o afeto dos pais. Carinho e alegria são sempre importantes para a recuperação”.

Tal qual no Hospital, pessoas de todas as idades foram beneficiadas com iniciativas de cunho semelhante em outros pontos de Guarulhos e São Paulo. É que no sábado, estudantes e professores de diversos cursos da Universidade Guarulhos (UnG) arregaçaram as mangas, desenvolveram 15 ações de responsabilidade social e ajudaram a escrever a história da participação da UnG no Dia do Ensino Responsável 2008, iniciativa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) para incentivar a prática social entre as entidades educacionais de todo o País.

Enquanto Laura e outros pacientes do Hospital da Criança se divertiam, senhores e senhoras do Pensionato São Francisco de Assis, também em Guarulhos, participaram de oficinas de música e assistiam a apresentações teatrais e de cinema; no Colégio Farias Brito, professores, pais e mães acompanhavam a palestra sobre violência sexual contra crianças e adolescentes; no Internacional Shopping, orientação e aprendizado: a exposição de jogos matemáticos ensinava como aprender a ciências dos números brincando, e a distribuição de materiais explicativos ofereceu orientação sobre rotulagem nutricional e nomenclaturas farmacêuticas. Criação de mural em creche, plantio de flores e plantas, palestras e dinâmicas, orientação sobre os direitos do consumidor, prevenção de doenças causadas por animais sinantrópicos, plantão para ajudar na elaboração de currículo e curso para cuidadores de creches e berçários também fizeram parte da programação da Universidade.

Durante todo o dia, o Portal UnG percorreu alguns dos lugares onde as ações estavam sendo desenvolvidas e entrevistou pessoas que, de alguma maneira, foram beneficiadas. Nenhum dos entrevistados conhecia o Dia do Ensino Responsável, entretanto, reconheceram o real valor das práticas sociais. “Guarulhos tem uma população muito carente de ações desse cunho. Quando nos deparamos com alguma, ficamos felizes por saber que há pessoas olhando pela sociedade”, disse a consumidora Andréa Lourenço, que foi às compras no shopping e parou para o lazer, junto com a filha, na mostra dos jogos matemáticos.

Nielson dos Santos, do bairro de Cumbica, foi pego de surpresa. Ele estava acompanhando o cunhado, Eduardo, de 7 anos, que está internado no Hospital da Criança também para recuperar-se de uma pneumonia. De acordo com ele, a alegria dos estudantes vestidos de palhaços trouxe sorrisos a todos que estavam no quarto. “Fomos surpreendidos com as brincadeiras. O que seria mais um dia comum no hospital, ganhou ar de festa graças a essas pessoas. Vejo nos olhos do Eduardo que agora ele está mais descontraído. A UnG está de parabéns”, ressaltou Santos.

E é justamente esse brilho nos olhos a grande recompensa de quem atua voluntariamente nas ações. Edmilson de Ávila é estudante de Educação Artística de outra universidade em São Paulo. Mesmo assim, optou por vestir a camisa da Universidade Guarulhos no Dia do Ensino Responsável. Junto com a amiga, estudante do quarto semestre do mesmo curso, mas na UnG, e outros alunos, foram os grandes responsáveis pelas gargalhadas no Hospital da criança. “Para mim, ter a possibilidade de fazer uma criança rir quando a situação não é para isso, não há preço que pague”, afirmou Edmilson, que diz desenvolver ações semelhantes sempre. “A possibilidade de se interar com diferentes pessoas, o aprendizado e a sensação de missão cumprida são recompensadores”, completou Roberto Fortunato, aluno do quarto semestre de Educação Artística da UnG.

Gleidis Garcia Ribeiro está no último semestre do curso de Matemática na UnG. Ela ajudou os amigos de graduação na exposição dos jogos matemáticos. Segundo a jovem, o que fica de sua participação é ver que seu curso não está restrito ao espaço da Universidade. “Essas oportunidades nos possibilitam levar à sociedade o que aprendemos em sala de aula, o que é importantíssimo para a nossa formação”, comentou.

Os docentes também reconhecem esse legado. A diretora do curso de Farmácia e Bioquímica, profa. Simone Camillo, acompanhou de perto a atuação dos alunos na ação do curso no Internacional Shopping. Para ela, o Dia do Ensino Responsável colabora para o exercício da cidadania e, no caso específico da graduação em Farmácia, é extremamente relevante para colocar em prática aquilo que chamam assistência farmacêutica. “O profissional de farmácia não deve se limitar a ler a prescrição médica e pegar o remédio na prateleira. Somos agentes de saúde e precisamos sempre estabelecer um diálogo com o paciente para identificar o seu problema e saber se ele tem dúvidas sobre o medicamento que está comprando. Atuar em uma ação cuja principal missão dos estudantes é conversar com as pessoas, pode ajudá-los muito no desenvolvimento dessa característica”, enfatizou a docente.

A coordenadora do Laboratório de Ensino Matemática (LEMa) da Universidade, profa. Ana Maria Maceira Pires, estava contente com o empenho dos estudantes. Embora a ação estivesse marcada para acontecer até as 13h, os próprios alunos tiveram a iniciativa de pedir a ela para permanecerem com a exposição dos jogos além do horário. “Eles sabem que essa é uma oportunidade que pode não se repetir para eles, por isso estão engajados. Vejo essa ação, que preza pela participação de docentes e discentes, como uma valorização à comunidade acadêmica, uma vez que nos aproxima da comunidade, oferecendo a possibilidade de expormos nossos conhecimentos”, afirmou.

Os números oficiais do Dia do Ensino Responsável 2008 ainda não foram divulgados. A previsão é de que isso ocorra até o final desta semana. Em 2007, a ação conseguiu reunir 647 IES em 6 mil atividades realizadas em 25 Estados e no Distrito Federal. Todo o trabalho contou com a participação de 16.140 professores e 141.983 alunos, que realizaram cerca de 900 mil atendimentos


Unidade SP-Centro (Shopping Light) orienta população quanto à montagem de currículo
Na Unidade SP-Centro (Shopping Light) a ação ficou por conta do curso de Letras, cujos alunos e professores foram responsáveis pela orientação quanto à montagem de currículo. Cada pessoa que passava pelo local era convidada a fazer o seu currículo com acompanhamento profissional e, ao final, tinha direito a uma cópia impressa do material. De acordo com a professora que coordenou a prestação do serviço na capital paulista, Marilda Caruso, esse tipo de iniciativa é muito importante tanto para a comunidade externa quanto para a comunidade acadêmica, pois, segundo ela, uma instituição educacional, além de formar profissionais, deve somar fatores que acrescentem valores positivos à formação do aluno enquanto cidadão socialmente responsável. As atividades no Shopping Light foram realizadas entre 9h e 12h.

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