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sexta-feira, 1 de junho de 2007

Tabagismo não: UnG intensifica ações do PrevFumo no Dia Mundial sem Tabaco

Em evento registrado pelo Inca, fumantes são incentivados a deixar o vício
“Ambiente livre de cigarros é um direito de todos”, é o que diz o slogan da campanha que marcou o dia 31 de maio, em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco. Na ação promovida quinta-feira (31), no Internacional Shopping Guarulhos, pelo PrevFumo-UnG, mais de 150 pessoas foram atendidas por uma equipe multidisciplinar formada por professores e alunos, comandado pelo fisioterapeuta Fábio Cardoso, diretor do curso de Fisioterapia da Universidade Guarulhos.

“Não quero mais fumar”, disse Harley da Silva, confessando que é difícil ter sucesso na empreitada. “Preciso do cigarro para relaxar. Fumo até 2 maços por dia e fico irritado quando paro”, completou. Com 32 anos, ele começou a fumar aos 18, parou durante 7 e há 2 anos voltou com o vício.

Apesar de ter tosse pelas manhãs, sofrer de sinusite e sentir bastante cansaço nas pernas quando faz exercícios puxados, Silva, que é policial e professor de mergulho, diz que leva uma vida saudável. “Esses sintomas são conseqüências do cigarro e do estresse”, acredita.

Mesmo com o resultado de grau médio no diagnóstico de índice de dependência do tabaco (numa escala que vai de muito baixo a muito elevado), o policial quer ingressar no programa PrevFumo oferecido pela UnG. “Todo incentivo é bem-vindo”, disse ele ao afirmar que já na próxima semana vai iniciar as sessões.

Ao atendê-lo no Shopping, o fisioterapeuta Everton dos Santos, intervencionista do programa, explicou que “a sensação de relaxamento causada pelo cigarro é conseqüência da liberação de hormônios. A nicotina, por exemplo, uma entre as muitas substâncias tóxicas existentes na fumaça do cigarro, causa dependência física, criando uma necessidade compulsiva pelo vício e gerando desconfortos quando não consumida por algumas horas. Além dessas substâncias, existem fatores que dificultam na cessação do tabagismo, como a dependência psicológica”.

Visando à aferição dos malefícios do cigarro e à saúde global do paciente, a ação do PrevFumo-UnG contou com diversos atendimentos: fisioterapêutico, medindo o grau de dependência do cigarro; de enfermagem, com medição de pressão arterial e teste de glicemia – fumar causa sérios problemas vasculares –; fonoaudiológico, para verificação dos problemas causados pelo fumo nas cordas vocais – fumar causa rouquidão e leva ao câncer de laringe –; odontológico, para avaliar os problemas bucais – fumar causa câncer bucal e perda dos dentes –; e psicológico e nutricional para assegurar aos pacientes saúde mental e física.

De acordo com a coordenação do evento, a maioria dos atendimentos realizados na ação foi feita em mulheres, com idades dentre 45 e 65 anos. Boa parte delas apresentou achaques associados à doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão e problemas bucais.


O cigarro no País

Os números que circundam o tabagismo no Brasil são extremamente alarmantes. Anualmente, são consumidos no País cerca de 120 bilhões de cigarros. Assim como acontece na maioria dos demais paises, 90% dos fumantes brasileiros começaram a fumar entre 15 e 19 anos de idade. Segundo apontam os números divulgados no início deste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 5 milhões de pessoas – 200 mil só no Brasil –, morrem anualmente em decorrência de problemas vinculados ao fumo.

Também pudera, estamos diante de uma droga que possui nada menos do que 4.720 substâncias tóxicas diferentes, que poluem o ar e causam doenças mesmo em não fumantes.

Por ser considerado o principal causador de mortes evitáveis em todo o mundo, o tabagismo requer atenção redobrada. Além do Dia Mundial de Combate ao Tabaco (31 de maio), várias medidas e campanhas vêm sendo implantadas em todo o mundo para conscientizar as pessoas quanto aos malefícios dessa droga. No Brasil, a incisiva luta se iniciou quando uma lei proibiu a indústria do cigarro de patrocinar eventos culturais e esportivos e, logo depois, ordenou que fotos com pacientes terminais e órgãos deteriorados pelo fumo fossem inseridas nas embalagens de cigarro.

Desde então, dezenas de entidades passaram a vestir a camisa contra o tabaco, como o Instituto Nacional do Câncer, a Secretaria de Vigilância em Saúde e a UnG.

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