quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mulheres são maioria em programas para abandonar o vício do cigarro

Pesquisa foi realizada através do programa antitabaco desenvolvido pela Universidade Guarulhos. Iniciativa que já realizou mais de 5 mil atendimentos tem inscrições abertas

Portal UnG (30/03/2009) – O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Hoje, 18,8% da população brasileira com mais de 15 anos é fumante. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o total de mortes no mundo devido ao uso do tabaco atinge 4,9 milhões anuais, e esse número aumentará para 10 milhões por volta do ano 2030.

Levantamento realizado pelo PrevFumo, programa antitabaco desenvolvido pela Clínica de Fisioterapia da Universidade Guarulhos (UnG), na Grande São Paulo, em parceria com a Unifesp, evidencia que as mulheres estão mais preocupadas com a questão. De acordo com o estudo, promovido entre junho de 2007 e junho de 2008 para analisar o perfil dos pacientes do programa, 75% das 258 pessoas entrevistadas são do sexo feminino. Elas fumam, em média, 30 anos/maço e iniciam o vício por volta dos 18 anos de idade (veja quadro abaixo). “Quando para de fumar, a mulher não sofre apenas com as alterações fisiológicas. Alguns agravantes, como a menstruação, que gera irritação, nervosismo e mal estar, também dificulta o processo”, aponta o fisioterapeuta Everton Luís dos Santos, coordenador do Projeto de Extensão do Programa PrevFumo, da UnG. “Ainda assim, com todo o nível de estresse que a mulher moderna carrega, ela ainda é a que mais procura programas para abandonar o vício do fumo”, complementa.

Segundo o especialista, o tabaco gera nas mulheres efeitos mais intensos quando comparado aos homens.

Desde sua implantação, em 2006, o PrevFumo da UnG já realizou cerca de 5 mil atendimentos. Com acesso gratuito, o programa forma grupos de pessoas e procura reconhecer a dificuldade de cada paciente, para assim auxiliá-lo na luta contra o vício do tabaco. Para se inscrever basta ligar para (11) 2464-1778 ou comparecer pessoalmente à Clínica de Fisioterapia da UnG.

Veja os números do levantamento: