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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Atlas Geoambiental irá orientar ações em Guarulhos

Publicação é fruto de pesquisa que trata da invasão urbana em áreas ambientais. Diretor do Instituto Florestal de SP e secretário do Meio Ambiente prestigiaram o lançamento
Portal UnG (19/05/2011) – O Mestrado em Análise Geoambiental da Universidade Guarulhos (UnG) lançou nesta quarta-feira (18) o Atlas Geoambiental da Região Cabuçu-Tanque Grande, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O evento aconteceu na Unidade Guarulhos-Centro da Instituição.

Financiada pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente de Guarulhos, a publicação é fruto do Projeto Cabuçu, pesquisa desenvolvida pelo MAG com o apoio e recursos da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e parceria de outras entidades: Prefeitura de Guarulhos, Instituto Florestal, Proguaru, SAAE, Universidade Estadual de Campinas, Universidade de São Paulo, Instituto de Pesquisas Tecnológicas e ONG Projeto Cabuçu de Desenvolvimento Local.

A produção do Atlas foi coordenada pelo geólogo Antonio Manoel Oliveira, docente da UnG. Seu conteúdo, dividido em 54 páginas, evidencia resultados do diagnóstico geoambiental da região estudada, que compreende o Núcleo Cabuçu (26,7 km²) do Parque Estadual da Cantareira e a área de entorno (32,2 km²). Geomorfologia, relevo, geologia, uso e ocupação do solo e dossiê de microbacias estão entre as informações expostas. “O conhecimento do terreno viabiliza as orientações sobre o uso mais adequado do solo para toda Região Metropolitana de São Paulo”, aponta o pesquisador. “É preciso mitigar o quanto antes problemas como o lançamento clandestino de lixo vindo de Guarulhos e outras cidades.

Segundo ele, a publicação servirá de instrumento para o Conselho de Gestão da Área de Proteção Ambiental (APA) Cabuçu Tanque-Grande, integrado por membros do poder público e da sociedade.

Rodrigo de Morais Victor, diretor do Instituto Florestal de São Paulo, acredita que o Atlas representa uma extraordinária ferramenta para a conservação ambiental da região do Cabuçu-Tanque Grande, ameaçada pela invasão urbana. “Esse trabalho é um exemplo de participação e integração entre Universidade, comunidade e Poder Público. Certamente irá inspirar iniciativas semelhantes”.

Victor lembrou ainda que essa atuação reflete diretamente na preservação da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo. Isso porque a recém-instalada APA tem como papel a promoção do desenvolvimento aliado à conservação de recursos ambientais; a proteção de mananciais do Cabuçu e do Tanque Grande; a redução de transporte de sedimentos para os rios da região; e o estabelecimento de um perímetro detalhando os usos e demais parâmetros urbanísticos, propondo alternativas para as áreas ocupadas por assentamentos habitacionais.

“O Atlas mostra a capacidade da UnG de realizar pesquisas visando o bem-estar da sociedade”, pontuou o reitor da Universidade, prof. Alexandre Estolano. “Hoje não apenas a Prefeitura como o Governo do Estado podem fazer uso dos resultados dos estudos, especificamente dessa publicação, para traçar políticas de preservação da natureza e incentivo das atividades sustentáveis”, complementou.

Secretário do Meio Ambiente de Guarulhos, Alexandre Kise ressaltou a importância do Atlas para o planejamento de políticas públicas e destacou o profissionalismo com que foram desenvolvidos o estudo e a publicação.

Também estiveram presentes no evento, vereadores de Guarulhos, representantes da sociedade civil organizada, estudantes e professores da UnG.

O próximo passo será fazer chegar o Atlas às escolas públicas e particulares da região.

Projeto Cabuçu

O Projeto Cabuçu foi desenvolvido em duas fases, entre 2002 e 2005. Sua abordagem se insere na problemática das florestas urbanas. Responsável por inúmeros benefícios ao homem, essas florestas vêm perdendo espaço para casas, prédios e indústrias em virtude da expansão das cidades. “A maioria das capitais carece de uma política integrada e sistêmica para proteger esse importante patrimônio coletivo e, ao mesmo tempo, respaldar a recuperação do que foi destruído”, diz o professor Antonio Manoel.

A primeira fase do estudo já serviu de base para a criação da APA Cabuçu-Tanque Grande e para Estudos sobre o Trecho Norte do Rodoanel.


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