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quarta-feira, 25 de outubro de 2006

LEMa leva mais de mil pessoas à sua XIX mostra

Evento acontece junto ao III Simpósio de Matemática, que encerra nesta quarta-feira
“A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”. A expressão, certamente, assusta, especialmente àqueles que não têm a matemática como paixão.

Desde que foi criada, no entanto, a mostra do Laboratório de Ensino Matemática (LEMa) procura expor de uma maneira lúdica que aprender a lidar com os números não é um ‘bicho-de-sete-cabeças’. Quem esteve nesta XIX edição da mostra, realizada entre os dias 23 e 25 de outubro, concorda. “Todos os desafios propostos pelos jogos ajudam a aprender matemática de uma maneira divertida. Os estudantes que têm dúvidas conseguem aspirar melhor algum conteúdo quando fazem o que gostam”, disse a estudante de Pedagogia de outra Universidade que visitou a mostra.

Nesta edição, 33 novos jogos, criados e confeccionados pelos alunos do 6.º semestre do curso de Matemática da UnG, estiveram à disposição dos olhos e das mãos de alunos de escolas públicas e privadas de Guarulhos e região. Ao todo, mais de mil pessoas conheceram o novo acervo, criado dentro de três modalidades: jogos de estratégia, jogos de raciocínio e jogos lógicos. “Essa mostra é diferente de todas as outras. Os alunos, além de confeccionar, criaram os jogos, prática que faz parte da nova grade do curso”, disse a coordenadora do laboratório e da mostra do LEMa, professora Ana Maria Pires.

A estudante Fernanda Ribeiro, de 12 anos, aluna da 5.ª série da Escola Vereador Elisio de Oliveira Soares, literalmente quebrou a cabeça com o quebra-cabeça que mostra a importância das formas. O resultado, contudo, foi satisfatório. “Os jogos não são muito difíceis. Só precisa ter paciência. O bom é que aprendemos muita coisa da matemática”, concluiu a aluna. Se a arte de trabalhar a ciência dos números de maneira lúdica surpreende os pequenos, o desempenho desses surpreende ainda mais quem monta os jogos. A discente da UnG, Rita de Castro, integrante do grupo que criou um jogo semelhante ao Batalha Naval, diz que muitos visitantes utilizam estratégias quem nem eles mesmos imaginavam. “Tem alunos que chegam aqui e conseguem decifrar o jogo em questão de segundos”, relata.

Quem também fica feliz com a atuação matemática dos alunos visitantes são os professores das escolas que participaram da mostra. Gerson Aparecido dos Santos e Nilba Ângela da Silveira, ambos docentes de matemática do Colégio Sesi, concordam ao dizer que os jogos ajudarão muito na aplicação da matemática no dia-a-dia na escola. Segundo eles, o ato de ter de pensar rápido e de forma lúdica ajudam os alunos a relacionar o abstrato com o concreto. “Antes de chegarmos, eles estavam reclamando da dificuldade que teriam em preparar um resumo sobre o que viram. Depois que viram os jogos, porém, já nos disseram que não terão tanta dificuldade assim”, disse Nilba.
Com os 30 novos jogos apresentados, o acervo do LEMa está composto por 278 jogos.

III Simpósio – Paralelo à XIX mostra do LEMa, o curso de Matemática da UnG promoveu a terceira edição do Simpósio de Matemática. Com foco na pesquisa, o evento tirou o estudante da posição de expectador e o colocou como protagonista. “Nós quebramos um pouco a estrutura dos eventos anteriores. Neste, o aluno colocou a mão na massa e participou ativamente das oficinas, minicursos, entre outras ações desenvolvidas”, explicou a diretora do curso, professora Cristiane Coppe de Oliveira.

Segundo ela, a nova estrutura implantada em 2004 no curso privilegia a construção do conhecimento matemático e não apenas a formulação e resolução de problemas.


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