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sexta-feira, 18 de maio de 2007

Luciano Faccioli fala sobre a realidade do jornalismo

Apresentador e repórter da Rede Record esteve na UnG para a XI Semana de Comunicação Social
Formado em jornalismo há 21 anos, o repórter e apresentador da Rede Record de Televisão, Luciano Faccioli, conhece bem os bastidores da imprensa. Popular por ser um feroz crítico das impunidades, o ex-bancário perdeu o pai ainda menino, mas não deixou que isso se tornasse um percalço para alcançar seus objetivos. Estudou, batalhou e hoje ocupa lugar de destaque na emissora do bispo Edir Macedo. Além de ancorar o matinal São Paulo no Ar, é repórter especial do Programa Hoje em Dia.

Experiente, tem na ponta da língua a receita para que os focas – jornalistas recém-formados – alcancem o sucesso. “Capacitação. Essa é a palavra-chave para quem busca um lugar nesse concorrido mercado de trabalho do jornalismo. O profissional da imprensa deve estar cada vez mais preparado e pronto para vencer barreiras que a vida e a profissão impõem”, analisa Faccioli.

As aspirações do mercado e sua trajetória de carreira foram justamente as pautas que o jornalista abordou nesta quinta-feira (17), na 3.ª noite de evento da XI Semana de Comunicação Social da UnG. Simpático ao extremo, Faccioli fez questão de atender cada pedido de fotografia e autógrafo da eufórica platéia, formada em sua maioria por estudantes de publicidade e propaganda e jornalismo. No entanto, enfatizou que está longe de ser uma estrela. “Sou, tenham certeza, parceiro de profissão de vocês. Embora estejam sentados aí hoje, amanhã, com certeza, estarão dividindo uma redação comigo ou com outros colegas da imprensa”, disse.

Litorâneo de Santos, Luciano Faccioli iniciou a carreira em 1986 como apresentador de um programa infantil, na Rádio Clube de Santos. Como freelancer nas eleições de 1986, conseguiu um espaço na Rádio Tribunal de Santos. A boa cobertura lhe rendeu um programa: Bom Dia Santos. Após uma passagem rápida pela Rádio Guarujá FM como redator de notícias, ocupou o cargo de repórter esportivo da Rádio Tupi por 10 meses, e da Rádio Jovem Pan por 11 anos, período em que comandou o Terceiro Tempo. Sua experiência em televisão começou em 1989, na TV Litoral de Santos, onde ficou por dois anos. Na TV Mar, hoje afiliada da Rede Record na cidade, comandou durante cinco anos o Bate Bola. Em 1998 foi convidado a trabalhar na TV Tribuna, afiliada da Rede Globo. Seu ingresso na Rede Record, em São Paulo, se deu através do Debate Bola, quando assumiu a apresentação no lugar de Milton Neves. Hoje, além da TV, atua na Rádio Record.

De acordo com Faccioli, durante todos esses anos muita coisa mudou no mercado de jornalismo. Além da maneira de transmitir notícias, que hoje deve ser de forma sucinta e objetiva, os profissionais têm de aprender a lidar com a falta de estabilidade nas empresas. “Tudo na TV, por exemplo, é movido pelos medidores de audiência. Se o programa é popular, todo mundo assiste, seu emprego está garantido. Caso contrário, todos já ficam preocupados”, expôs ele, citando o caso do SBT, que demitiu mais de 30 funcionários após tirar do ar um telejornal por falta de audiência.

O jornalista também chamou a atenção para outro fato que vem se tornando comum nas empresas de comunicação: a terceirização. “Muitos profissionais, inclusive eu, tiveram de se tornar pessoas jurídicas para atender a uma nova realidade do mercado. No início até achei estranho, mas depois acabei me acostumando. Infelizmente, muitos setores estão caminhando para essa mudança.”

Depois da apresentação, Faccioli respondeu às perguntas dos estudantes.


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