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sexta-feira, 13 de março de 2009

Guarulhos implanta Programa de Triagem Auditiva Neonatal

Iniciativa da Secretaria de Saúde do município tem parceria com o curso de Fonoaudiologia da UnG. Lançamento oficial acontece na terça-feira
Portal UnG (13/03/2009) – Através de uma parceria entre a Secretaria de Saúde de Guarulhos e o curso de Fonoaudiologia da Universidade Guarulhos (UnG) será lançado oficialmente na próxima terça-feira (17) o Programa de Triagem Auditiva Neonatal do município.

A iniciativa irá beneficiar os milhares de bebês que nascem anualmente nos hospitais públicos municipais de Guarulhos e apresentam algum risco de perda auditiva, reflexo de doenças hereditárias, infecções congênitas, como toxoplasmose, sífilis, rubéola, entre outras, ou mesmo por terem passado mais de 48 horas na UTI Neonatal. “Os indicadores são preocupantes”, alerta a diretora do curso da UnG, profa. Eliana De Martino. “Um bebê que apresenta alteração auditiva, se atendido precocemente, poderá ser um adulto inserido sem sequelas na sociedade”, complementa a fonoaudióloga.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para os bebês que nascem sem as características de risco, as chances de desenvolverem algum problema auditivo é de 1 em 1.000; já para os que apresentam alguma das peculiaridades citadas, o indicador é de 1 em 100 crianças nascidas.

A Triagem faz parte do Programa de Saúde Auditiva já desenvolvido pela Prefeitura de Guarulhos e atenderá os recém-nascidos dos três hospitais públicos municipais: Stella Maris, Jesus, José e Maria e Hospital Geral de Guarulhos

De acordo com a pediatra Telma de Moura Reis, coordenadora do projeto Nascer Bem, da Secretaria de Saúde, todos os bebês que se enquadrarem no grupo de risco deverão passar por uma triagem realizada pelas equipes de fonoaudiologia dos próprios hospitais. Se detectado algum problema, a criança será encaminhada para tratamento. “A Prefeitura irá disponibilizar três aparelhos de emissões otoacústicas e de BERA, fundamentais para detectar problemas auditivos”, expõe a médica.

O tratamento nesta etapa da vida, segundo Eliana De Martino, não é medicamentoso, mas apenas interventivo. Os profissionais deverão utilizar técnicas como a fonoterapia, adaptar aparelho auditivo ou optar por implante coclear. “O bebê que apresenta algum problema auditivo deverá iniciar tratamento de reabilitação no máximo até os seis meses de vida. Quanto mais a demora, menor a possibilidade de a criança desenvolver a fala”, orienta a diretora da Fonoaudiologia da UnG.

A Clínica do curso, localizada na Unidade Guarulhos-Centro da Universidade Guarulhos, será um dos locais onde os bebês serão acompanhados. A meta, diz a fonoaudióloga, é atender, ao menos, 40 bebês por mês. “Mas a ação não será momentânea. A criança será acompanhada até os dois anos de vida, uma vez que mesmo sanada, a probabilidade de a alteração auditiva retornar até essa idade é grande”, alerta.

A atuação da UnG não fica restrita aos atendimentos. As professoras Eliana De Martino e Tais Godói Escarpelini são também responsáveis, ao lado de outros profissionais, pela elaboração e implantação do Programa de Triagem Auditiva Neonatal de Guarulhos. “Enquanto Academia, foi de fundamental importância para a UnG participar dessas etapas de desenvolvimento. Isso evidencia a credibilidade dos profissionais da Instituição”, afirma Eliana.

Para a docente, enquanto coordenadora do Projeto Prioritário, a dra. Teresa Pinho de Almeida Tashiro, atual secretária-adjunta de Saúde do município, “tem o reconhecimento de todos os profissionais envolvidos na implantação do serviço como a grande mentora e incentivadora desta conquista”.

O lançamento do Programa acontece às 9h, no Hospital Stella Maris (Rua Maria Cândida Pereira, 568, Itapegica, Guarulhos).
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