Estudante do 3.º ano do ensino médio, Juliane Nascimento de Souza, de 17 anos, chegou cedo para aproveitar o último dia da Feira Guia do Estudante. Seu objetivo principal era tirar dúvidas em relação a cursos e seus respectivos mercados de trabalho. “Estou entre Engenharia Ambiental e Administração, embora minha aptidão, segundo apontou o teste vocacional, esteja na área do serviço social”, salientou.

Apesar de sua visita ter como foco principal a escolha profissional, Juliane não deixou de aproveitar as diversas atrações oferecidas durante a Feira. Apenas no estande da UnG, a estudante recebeu atendimento fonoaudiológico, teve caricaturado seu rosto numa camiseta, fez o teste vocacional e assistiu à prática de equoterapia. “O estande da UnG é o que mais chama a atenção. As diversas atividades e o atendimento das pessoas faz com que já gostemos da Universidade”, ressalta.

Apesar da diferença de idade, Cristian Katsuya Yogi, de 17 anos, e José Batista Moura, de 45 anos, buscavam no evento orientações para, nos próximos anos, ingressar no ensino superior. O primeiro está em dúvida entre cursar Mecatrônica e Administração de Empresas; o segundo já decidiu sobre o curso (Logística) e agora pesquisa a instituição. “Apesar de estar no 2.º ano do colegial (ensino médio), já quero definir minha profissão. Aqui, por ter diversos profissionais, acho que é um excelente lugar para eu tirar dúvidas”, disse Yogi, após realizar o teste vocacional no estande da UnG. “Na idade que estou não posso me dar ao luxo de perder tempo. Quero fazer um curso tecnológico na aérea de logística e sei que o da UnG é muito bom, pois já tive referências. Então aproveitei o evento para me interar sobre as condições da Universidade e me inscrever para o processo seletivo do próximo ano”, expôs Moura.

Com o maior estande desta 2.ª edição da Feira (150 m²), novamente realizada no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo, a UnG colocou à disposição dos visitantes uma série de atrações. Durante os três dias de evento (30 e 31 de agosto e 1.º de setembro), mais de mil pessoas foram caricaturadas em camisetas pelos artistas Edson Assis, Mauro Marques Froda, Arthur Antonio Ferreira e Alexsandro Gomes (os três últimos, alunos de Educação Artística da Universidade); e outras milhares receberam brindes, jogaram game, foram atendidas por fonoaudiólogos e psicólogos, se inscreveram gratuitamente para o processo seletivo 2008, realizaram teste vocacional e assistiram à prática de equoterapia e à demonstração da técnica de grafite, feita pela também aluna do curso de Educação Artística da UnG, Kátia Suzue Melo, que entrou para o Guinness Book por fazer parte da equipe que pintou o maior painel de grafite da América Latina, localizado em São Paulo. “Fizemos questão de levar para o evento um pouco do que é a UnG, ou seja, uma instituição eclética, com visão de mercado e pessoas criativas”, afirmou o gerente de Comunicação e Marketing da Universidade, Sandoval Nassa. “Além disso, mostramos que aqui os alunos aprendem na prática. Em todas as atividades havia estudantes de diversas áreas colaborando: na equoterapia (fisioterapia, medicina veterinária, fonoaudiologia e psicologia), na orientação vocacional (psicologia), na triagem de fala e audição (fonoaudiologia), na caricatura e demonstração de grafite (educação artística), etc.”, complementou.

Diretor de Redação do Guia do Estudante, publicação da Editora Abril que estimulou a criação da Feira, Ricardo Lombardi vê o evento como uma ferramenta para atenuar a evasão universitária. Segundo ele, cerca de 50% dos estudantes que abandonam a universidade o fazem por não terem buscado informações detalhadas sobre o curso que optaram. “São mais de 200 cursos em diversas áreas do conhecimento. Quando o pré-vestibulando se vê diante dessa diversidade, muitas vezes não sabe o que fazer. Ao oferecermos uma maneira de ele tirar dúvidas, estamos colaborando significativamente para que ele faça a escolha certa”, enfatizou Lombardi.

Apesar de importante, o diretor do Guia disse que os estudantes não devem se limitar à participação em eventos. Uma boa dica, de acordo com ele, é recolher o material oferecido pelas instituições e depois fazer uma pesquisa detalhada, levando em consideração o mercado de cada profissão e o histórico da universidade. “As áreas são mutáveis e analisar se as IES estão acompanhando essas mudanças é fundamental”, ressalta Ricardo, que elogiou as atividades da UnG e disse que, sem dúvida, era um dos espaços mais movimentados da Feira.

Embora ainda não haja números oficiais, a previsão da organização do evento era de reunir 20 mil alunos, superando os 17 mil que visitaram a Feira em 2006.